Medidas de densidade de povoamentos

1. Introdução

Clutter et al. (1983) destacam que, além da idade do povoamento e da capacidade produtiva do local onde ele se encontra, a produção florestal também é função da densidade populacional.

Entre as medidas de densidade mais utilizadas, tem-se: o número de árvores por hectare; o volume por hectare e a área basal por hectare, sendo esta última a mais utilizada na modelagem do crescimento e produção florestal, pela possibilidade de simular, por exemplo, diferentes intensidades de desbastes.

A densidade depende de dois aspéctos: da frequência por hectare e dos tamanhos das árvores. Neste sentido, a área basal engloba estes dois aspéctos, assim como o diâmetro quadrático (q). Via de regra, para uma mesma frequência do número de árvores por hectare, quanto maior área basal maior o diâmetro quadrático (q). No caso de povoamentos desbastados, pode-se ter uma redução da área basal e um aumento do diâmetro quadrático, caso haja remoção de árvores pequenas.

 

2. Algumas considerações gerais

a) Ocorre maior área basal inicial (Bi) nos melhores locais (veja figura a seguir). Além disso, a diferença em área basal produzida nos melhores locais é significativa em relação aos piores locais e qualquer melhoria da qualidade do local reflete no aumento de área basal.

      

b) Considerando um mesmo espaçamento, quanto maior área basal inicial (Bi), maior crescimento em área basal (ΔB) e maior crescimento em volume (ΔV). Assim sendo, quanto maior a área basal maior a produção em volume.

c) Quanto ao espaçamento, em menores espaçamentos entre plantas (plantios mais adensados) o ponto de máximo crescimento em área basal ocorre em idade mais jovem quando comparado com espaçamento entre plantas mais amplo (veja figura a seguir).

      

d) Ainda com relação ao espaçamento, espaçamentos muito amplos não ocupam o potencial de produção da área, produzindo áreas basais menores do que o potencial máximo (veja figura a seguir), enquanto que em espaçamentos muito reduzidos pode ocorrer alta mortalidade de árvores (em virtude da lata competição entre as árvores) e também produzir áreas basais menores do que o potencial máximo.

      

 

3. Alguns modelos estatísticos

Entre alguns modelos utilizados para estimar o crescimento em área basal por hectare (ΔB) ou a área basal por hectare (B/ha) e o diâmetro quadrático (q), tem-se:

       

em que: β0 a βsão os parâmetros dos modelos; ε é o erro aleatório; Ln = logarítmo neperiano; I1 é a idade atual; I2 é a idade futura; I é a idade; B1 é a área basal atual; B2 é a área basal futura; S é o índice de local. 

 

4. Referências bibliográficas

CLUTTER, J.C.; FORSTON, J.C.; PIENNAR, L.V.; BRISTER, G.H.; BAILEY, R.L. Timber management: a quantitative approach. 3. ed. New York: John Willey & Sons, 1983. 333p.

 

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